Isso se passou logo depois que o João Sá veio da Alemanha, onde foi ensinar ópera para os europeus. Final de semana em algodoal o João juntamente com o Paulo Cal, recepcionavam 2 ou 3 alemães que vieram conhecer as estórias que o João contava lá terra deles. Por volta das 11 da noite todos sentado em volta da mesa central da casa, adentra o recinto o Chico Braga, poeta maior da ilha. Entrou com aquele apetite voraz por algo alcoólico. Antes que perturbasse os convidados, o João pediu ao Chico Braga que fizesse uma composição em homenagem aos alemães, e que por conta disso receberia 5 pratas para fazer sua farra longe dali. A proposta foi aceita e o Chico se mandou para dentro da noite com a grana no bolso. Logo depois do primeiro canto do galo, o Chico entra na casa do Sá e dá uns cutucões nos punhos da rede do João, e fala: - João acorda! Já fiz a música.
O João com cara de sono reclama um pouco e senta na rede para ouvir a canção. Em função do barulho todos os presentes acordam e também ficam a espera do resultado. O Chico Braga batucando na mesa manda ver:
Alemanha
Tua bandeira
Não é igual a minha
A minha é
Verde amarela
Preto branca e
Azul marinha.
O Paulo Cal que estava atento a letra da música pondera: - Chico Braga não inventa! Não existe preto nas cores da bandeira brasileira.
Diz o Chico: - É a cor dar bordas das letras, seu Paulo.
Bom, se o Chico Braga falou tá falado. Agora onde está a homenagem para os alemães?
Tem que reparar bem a borda das letras.
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