Minha auxiliar de tanque e fogão ficou chateada que o Messi não veio. Comprou maniva e pupunha, se esmerou na cozinha e na caligrafia da carta e o rapaz não veio. Em compensação ele mandou uma foto, com a bandeira de seu time do coração. Foi só festa, comemos toda a maniçoba e a pupunha de felicidade. Vale lembrar que aqui em casa uso a lei do dono, se não for Papon não entra. (Papon é Papão na língua dos hermanos, diz a minha auxiliar).
A hidroviária Metropolitana e a estrovenga.
ResponderExcluirAna Júlia construiu, com o açodamento que lhe foi própria, construiu uma primeira etapa do que deveria ser a Hidroviária Metropolitana Luiz Rebêlo, na Bernardo Sayão (Miramar) perto do aeroporto. Teve a cara de pau de inaugurar, com as placas na porta dos banheiros (?), um pavilhão de forma confusa, com mais de mil metros quadrados, porém sem providenciar as condições básicas e necessárias ao seu funcionamento: não pensou na administração, aduana, polícia, tráfego de entorpecentes, socorro médico, além do mais importante: a infra-estrutura viário-urbana que a comportasse e, como se não bastasse, não tratou de retirar da área de manobra das embarcações, o navio Augusto Montenegro que ali está soçobrado e impossibilitando, de forma definitiva, qualquer operação de porte no local, segundo a Marinha. Sem olhar os estudos disponíveis desde o governo Jatene I, a hidroviária foi implantada num espaço histórico, mas ermo, sem interesse para o público usuário que prefere desembarcar no centro da cidade, como é o caso do porto provisório existente nas docas e conhecido como Galpão 10. Ali seria o local para a nova estação, porém, aquilo lá pertence à CDP, que deveria ser passada para o Estado e acabou não passando. Esse ato obrigou, naturalmente, novos estudos da orla para que o governo pudesse achar outro local com boas características e seus impactos na urbe. O tempo passou e a tal estação não saiu. Mas a governadora, afobada, resolveu que ali, em Miramar, num terreno do Estado, seria o local ideal, sem nenhuma base em observações ou estudo, e o resultado está aí. Decorridos nove meses, os oposicionistas de plantão estão reclamando que a estação está parada há mais de oito meses, sem entender, de fato, que o equipamento não pode operar por falta de infra-estrutura e outras providências, sendo seu futuro, incerto. O secretário de cultura Paulo Chaves, lá esteve em visita, interessado mais no sítio histórico para estudos de seu projeto, o Jardim das Palmas, mas lamentou a perda do potencial arqueológico liquidado com aquela construção que classificou como tentativa inócua de misturar o hospital Sara com o complexo ....Boulevard. Falou para a reportagem presente que aquilo se tratava de uma estrovenga que não permitiria mais escavações arqueológicas num sítio que teria muito a oferecer para o resgate da História daquela zona com muito conhecimento a ser levantado sendo o prejuízo desmedido, salvando-se, felizmente, a capelinha dos Mercedários, que está lá, embora escondida. Mas o frisson da entrevista, ficou no ar mesmo, por conta da palavra usada por PC para definir a construção: uma estrovenga, termo desconhecido da maioria dos presentes. E para quem não sabia, a palavra significa estrupício; coisa complicada, misteriosa, fora do comum, que não se pode definir com precisão e ainda, no chulo, é o pênis. Enquanto o olhar dos governantes não cair sobre a totalidade urbana, praças, ruas, canais e rios, sempre haverá estrovengas por aqui.
Arq. Paulo Andrade
Paulo, vou pegar esse teu texto e postar em outra ocasião, pois é esclarecedor.
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