Essa cena
se passou aqui na Benjamin, onde moro hoje, e na época moravam meus avós,
padrinhos e primos. Um verdadeiro faroeste. Os garotos que moravam na área
estavam todos vestidos de cowboys bandidos, armados até os dentes esperando a
caravana passar para assaltar os forasteiros que chegavam para morar na
Benjamin. Eram famílias inteiras, com filhas belas e crianças pequenas, vinham
de longe, esperançosas em fixar residência no centro da cidade. Ao longe, lá
pelas bandas da Governador José Malcher se avistava vários caravaneiros descendo
pela Benjamin desavisados, na direção da emboscada dos bandidos. E por incrível
que pareça algo diferente aconteceu naquele dia. Quando bandidos e
caravaneiros se encontraram no meio da Benjamin, em vez do confronto de sempre,
todos se uniram e cantaram parabéns para o mocinho-herói, que sempre aparecia
na hora H, e salvava as famílias daquela carnificina. Era o Patrulheiro Toddy,
com sua roupa impecável, seu chapéu imponente e seus revólveres de prata
certeiros. A tradição se manteve, e todo dia 25 de janeiro, a turma da Banjamin
costuma acordar cedo e dizer: Parabéns Patrulheiro Toddy.
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