Porque não falei do futebol de domingo.

Os leitores do blog estão carecas de saber que torço pelo Paysandu, Botafogo e Corinthians, e considerando o que aconteceu no domingo que passou, era de se esperar que escrevesse alguma coisa na segunda, dia 04 de março, mas nenhuma linha. Resolvi primeiro avaliar o que seria uma segunda-feira com Paysandu e Botafogo vencendo as duas maiores inutilidades já feitas para a humanidade, remo e flamengo, respectivamente. Embora o domingo tenha sido de festas, a segunda acordou como era de se esperar: um sol maravilhoso, todos indo em direção ao trabalho para promover o desenvolvimento do país, a cidade limpa sem a poluição visual daquelas camisas horrorosas ostentadas por cavalgaduras coçados, as delegacias vazias sem ocorrências policiais atípicas, as mulheres sorrindo com os dentes intactos, sem hematomas pelo corpo, os presídios sem motim e até os traficantes felizes por terem recebido sem necessidade de violência o dinheiro da venda dos bagulhos para torcedores papo-cabeça, um cenário de civilidade, de gente ordeira, trabalhadora, não ogonorantes, pois souberam escolher os times certos para torcerem. Mas como nem tudo são flores, os donos de bares de cachaças tiveram prejuízos dos grandes.