Neste ano foi realizada na África do Sul a Copa do Mundo, e todos sabem que no início de cada jogo são executados trechos dos hinos nacionais dos países em disputa. E durante essa parte dos eventos constatei fatos curiosos e interessantes.
1) Num dos jogos da copa onde o Japão jogou, um de seus atletas chorou ao cantar o hino, o que reforçava minha tese de que a priori todos devem achar que o Hino do Japão é dificílimo de cantar, até para os que lá nasceram. Julgava que devia ser algo profundo, fundamentando suas tradições que são milenares. Mas não é nada disso, foi feito por um preguiçoso poeta japonês, e se restringe a um único verso de 5 linhas, que na língua deles é:
Kimigayo wa
Chiyo ni yachiyo ni
Sazareishi no
Iwao to narite
Koke no musumade
E que na nossa língua significa:
Possa seu reinado
Continuar por mil, oito mil anos,
Até que seixos
Cresçam nos penhascos
Cobertos de musgo verde-claro.
E pelo que se sabe o Japonês só chorou pois os seixos cresceram de fato no penhasco, para em seguida soterrar a casa dele que ficava logo abaixo.
2) O caso mais dantesco é o Hino de Portugal. A letra é do tipo meio metro, (o nosso é de hum metro e meio), e a essência do hino é coisa de dar medo em qualquer País. Preste atenção em parte da letra e na estrofe do hino.
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Não dá para entender essa estrofe: Ás armas, às armas... Lembro que quando Napoleão bateu o pé dizendo que ia invadir Portugal, os patrícios jogaram foi as armas ao chão, saíram correndo para as caravelas e se picaram para o Brasil. E o pior de tudo é a frase final da estrofe, só coisa de português conclamar seu povo a pegar as armas e marchar contra canhões. Putz, é algo desproporcional. Enquanto o cara prepara o mosquetão para matar um inimigo um balão daqueles de canhão mata uns 1000 gajos.
Essa de povo guerreiro apregoado nos hinos era coisa dos vickings, que agora ao invés de fomentar batalhas, está mais para a liberdade das drogas e ser do tipo paz e amor. Hino de guerra é coisa de sul-americano, e quanto mais fraco for o pais, mas temido é o hino. Leiam um trecho do hino da Bolívia, cujo artefato bélico mais letal são as lhamas assassinas, e comprovem.
y al clamor de la guerra horroroso,
siguen hoy en contraste armonioso
dulces himnos de paz y de unión.
(repeat previous two lines)
siguen hoy en contraste armonioso
dulces himnos de paz y de unión.
(repeat previous two lines)
CHORUS
De la Patria, el alto nombre
en glorioso esplendor conservemos
y en sus aras de nuevo juremos
¡morir antes que esclavos vivir!
3) E para finalizar, graças a Deus que Botão não esteve na copa, pois seria um sacrifício cantar um hino desses...
Hino do Butão
Druk tsendhen koipi gyelkhap na
Loog ye ki tenpa chongwai gyon
Pel mewang ngadhak rinpo chhe
Ku jurmey tenching chhap tsid pel
Chho sangye ten pa goong dho gyel
Bang che kyed nyima shar warr sho.
Loog ye ki tenpa chongwai gyon
Pel mewang ngadhak rinpo chhe
Ku jurmey tenching chhap tsid pel
Chho sangye ten pa goong dho gyel
Bang che kyed nyima shar warr sho.
Druk tsendhen koipi gyelkhap na
Loog ye ki tenpa chongwai gyon
Pel mewang ngadhak rinpo chhe
Ku jurmey tenching chhap tsid pel
Chho sangye ten pa goong dho gyel
Bang che kyed nyima shar warr sho.
Loog ye ki tenpa chongwai gyon
Pel mewang ngadhak rinpo chhe
Ku jurmey tenching chhap tsid pel
Chho sangye ten pa goong dho gyel
Bang che kyed nyima shar warr sho.
Ridículo o comentário sobre o hino português. Eis porquê:
ResponderExcluir1 - A família real Portuguesa abandonou Portugal nas invasões por obrigação e ultimato Inglês. A Inglaterra prometia invadir Portugal junto da França se a coroa não saísse.
2 - Napoleão invadiu 3 vezes. E falhou as 3.
3 - O hino Português foi criado por republicanos contra Ingleses após estes fazerem outro ultimato a Portugal de que se o país não cedesse territórios em África, seria aberta uma guerra. Antes, o hino era cantado "contra os bretões" contudo foi modificado para os tempos modernos.
4 - "Às armas, às armas" era de novo uma estrofe de combate ao reino Inglês. Maior parte dos republicanos queriam que D. Carlos não cedesse os territórios - coisa que ele fez - e por isso declamavam que fossem seguradas as armas.
É apenas preciso estudo.
Também é preciso senso de humor. Mas que a família fugiu para o Brasil, essa a história não juda.
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