Essa história tem cerca de 9 anos atrás, á época fui chamado por uma dona de academia através de uma agência de publicidade cujo proprietário é até hoje meu amigão, para realizar um trabalho de pesquisa de mercado. Reuni com a proprietária, obtive o briefing do trabalho e elaborei a proposta técnico-financeira para executá-lo.
A dona da academia achou o preço alto e me propôs pagar o serviço com uma parte em permuta, que seriam mensalidades de aulas de ginástica na sua academia. Eram duas semestralidades, permitindo que eu e outra pessoa usufruísse desse serviço.
Aceitei a proposta, pois já estava na ocasião degringolando ponteiros de balanças. E confesso que fiquei todo animadão, empolgado mesmo.
Comuniquei o fato ao meu amigo da agência que me indicara para o serviço, e ele já fazia exercícios nessa academia, e combinou comigo de fazermos juntos, nos horários que ele costumava freqüentar as aulas. Aceitei de pronto, o homem já era enturmado por lá e ia facilitar minha vida. Além disso, o meu amigo era boa pinta, fazia ginástica no horário de concentração das menininhas saradas, bonitinhas e gostosas.
Passava o dia pensando na minha academia e tomei a decisão de gastar minhas economias com um guarda roupa de fitness novinho em folha. Zarpei para o Shopping e fui às lojas especializadas, ai comprei: várias meinhas Nike; camisinhas de várias cores da Nike; shortinhos e bermudinhas Nike, 3 pares de tênis último grito da Nike; umas toalhinhas da Nike; uma mochilinha da Nike. Gente eu estava todo “nikeado”, lindo de morrer.
No primeiro dia de aula acordei cedinho e ansioso, já queria porque queria vestir minhas roupinhas Nike, mas tinha que esperar, pois nossa aula era às 17 horas. Quase não trabalhei direito de tamanha ansiedade.
Lembro que nesse dia tomei vários banhos, pois suava muito de nervoso. As 16:30 estava eu todo de roupinha Nike combinando, tom sur tom, com minha mochilinha Nike belíssima nas costas, em frente de casa esperando meu amigo.
Ele chega entramos no carro e seguimos rumo à academia. Lá chegando meus olhos não paravam de mirar em várias direções, meu Deus era uma esquadrilha de mulheres, uma melhor que a outra, a academia lotada, não tinha um professor sequer que pudesse naquele momento nos dar atenção. Decidimos então começar fazendo esteira. Meu amigo pegou logo um dos aparelhos vagos. Havia uma esteira vaga, mas não era ao lado dele, resolvi começar por essa, quando já ia iniciar meus exercícios, a esteira ao lado do meu amigo é desocupada. Fui direto pra ela, meio afoito para evitar que outros pegassem a máquina.
Não atentei que o cidadão que antes usava a esteira tinha-a deixado ligada, com programação de corrida, putz, fui entrando na esteira e me destrambelhando. Fui tentando me agarrar nas barras de ferro frontais do aparelho, mas a esteira na velocidade em que estava foi me jogando para trás, e eu fui aos poucos deitando literalmente de barriga, quando estava totalmente deitado sobre a esteira a coisa piorou, a bicha me jogava para um lado e para o outro, e eu tipo uma tartaruga indefesa era jogado para dentro e fora da esteira, de casco para baixo, de casco para cima. A cena era dantesca: aquela anta segura nas barras frontais se debatendo com suas roupinhas Nike, sapatinho Nike e mochilinha Nike. Para encurtar larguei as barras e me abostei a uns 2 metros de distância da geringonça.
Meu amigo sumiu do pedaço, deixou de falar comigo por um bom tempo. Eu peguei minhas coisinhas Nikes e me piquei da academia, nunca mais voltei lá. E não precisa dizer que diante desse mico a pessoa que eu havia dado a outra semestralidade desistiu também de freqüentá-la, não queria ter nenhum tipo de ligação comigo por pelo menos 1 ano. Eu fiquei traumatizado e só voltei a fazer academia em 2008, já bastante gordo.
Em tempo: Ontem o Alfredo me passou essa que tem tudo a ver com o tema. Cuidado com as mães que bebem Skol, os filhos vão nascer redondos.
Ei Ciloca o que andaste bebendo?
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