Esse caso é surrealista, porém é uma verdade verdadeira. Quase nada é mais incômodo do que a gente ter que ir a uma concessionária qualquer pra resolver alguma pendência. Ora, todo mundo reclama, mas acaba mesmo indo e resolve o problema, na maioria das vezes. Outra coisa porém, é ter que resolver um problema na poderosa, ausente, extraterrestre e invisível Oi Telemar. No cenário que vou relatar, a coisa ultrapassou o pior non sense do cinema francês. Vejam vocês, que lendo eu um panfleto da Oi, vi que eles ofereciam um pacote que possibilitava um upgrade na nossa internet OiVelox. No meu caso, estaríamos dando um salto da velocidade parada de 1 MG (que nunca chegou nem a 1/3 disso) para 5 MG! Pois bem, propaganda é propaganda e é feita pra gente se entusiasmar e acreditar que é possível consertar uma coisa que está errada e enchendo o saco, né? Fui à Oi, na Dr. Moraes e, a bem da verdade, muito bem recebido e com toda a atenção. Mesmo assim, a esforçada atendente, que tinha nos peitos um crachá dizendo em treinamento. Mal sinal. Depois de umas três horas e meia acompanhando a moça que se pendurara o tempo todo num super telefone fixo especialmente conectado com a tal central da Oi, (sabe-se lá onde fica isso, vai ver que pode estar até pra lá das brumas de Avalon, aquele espaço mítico que desapareceu na Inglaterra depois que o Rei Arthur comeu a irmã Morgana das fadas, mas isso é outra história). Pois bem, assim, vai em cima, vai em baixo, troquei o meu plano; internet de 5MG? Poderia ser melhor? A manhã perdida teria valido a pena, claro. O curioso é que a Oi não tem ninguém pra assinar um contrato; é tudo registrado em gravações e são emitidos protocolos que identificam o processo que é, assim virtual. Os clientes não têm nada a não ser um baita número! Para formalizar o novo plano, foi aberto o tal de protocolo com uns oito algarismos, que seria a garantia do contrato. Na Oi ninguém assina nada, só a gente. O protocolo garante, coisa e tal...”sens discuçãos, é pegar ou largar”. Mas 5 MG não vale o risco? Quantos não já toparam? Pois eu topei! Quando cheguei em casa à noite, olha o cenário: meu telefone fixo havia sido desligado,o meu celular transformado em pré-pago e sem uso possível por falta de crédito e, pasmem! MINHA INTERNET FORA DO AR! Nem 1MG e nem 5MG. Ora, pensei, são probleminhas técnicos enquanto estão providenciando as mudanças. Ledo engano. Pra encurtar, digo que passei uns quinze dias indo dia-sim dia-não à Oi, sendo sempre atendido pela mocinha em treinamento que não largava o tal telefone especial, e perdendo, a cada dia, sem exagero, umas três horas em cada manhã. Eu já estava desesperado. E tome conversa pra cá, conversa pra lá, com emissão de um monte de protocolos, sempre como sendo as garantias que a Oi oferecia. (devo ter uns dez protocolos). Comprei crédito pro celular e continuei sem os outros serviços: inimaginável, mas verdadeiro. Quando estava pra perder as esperanças e já pensando seriamente em começar a quebrar a loja ou dar uns tabefes na menina, eis que estou em casa numa sexta feira por volta das 08:00 horas, pronto pra ir trabalhar, quando meu celular tocou. Atendi, e era da Oi central. Quem falava era uma tal de Selena, com aquele sotaque de uma língua que não era o português, cheia de errrerers xiss e outros salamaleques. Eu ouvindo, pois esperava que aquela ligação seria a solução esperada que gentilmente estavam me comunicando por esse meio formal e garantido - o celular - que tudo havia sido consertado. Feita a introdução, a tal da Selena, séria, foi me fazendo ver que, dada a complexidade do meu caso e por conta das minhas muitas reclamações, meu processo (que processo??) iria SUBIR para a avaliação de um poderoso OMBUDSMAN, o ouvidor da companhia, que certamente acharia a solução para o meu problema. Fiquei exultante: agora sai! Mas que nada, pois como o tal ombudsman era muito solicitado, eu teria que ter paciência, pois havia uma fila de outros casos e só depois de uns quinze dias eu teria uma posição. Aí eu quase tive um derrame, um infarto, um pinote cardíaco, uma merda qualquer: ESPERAR O QUÊ PÔRRA? Esperar mais ainda? Pois assim foi, que falei NA LATA Dessa tal de Selena - voz de cafetina de motel - que ela,que com um nome desses só poderia ser uma p. vestal da antiga Troya, fosse junto com o tal do ombudsman pra P. QUE O PARIU e desliguei o telefone quase quebrando o aparelho. Com esta reação mal educada não havia resolvido nada, mas o prazer momentâneo é indescritível! Saí pro trabalho triste, sem telefone e sem internet,e pensando em como eu seria então discriminado pela Oi. Minha situação era a de um cara só com a bosta do celular de cartão (sem crédito) e isolado do mundo! Mas Deus é grande. Quando cheguei à noite, muito triste ainda, meu filho e minha nora correram e me deram a notícia: PAI! a INTERNET ESTÁ NO AR COM 5MG! Está bombando! E o telefone da casa já está ligado.Quase não acreditei. Mas as coisas são assim. A gente, às vezes sem querer aperta os botões certos de modo que tirando fora a bronca do celular que ainda não tive coragem de mexer, ficou tudo bem de repente. É por isso que acredito que se está neste mundo pra sofrer e evoluir, a partir de experiências e na lida com as vicissitudes aprendemos com o sofrimento, pois a cada drama cabe uma reflexão, e é o que fazemos. Dessa história toda tirei uma grande conclusão: QUEM MANDA NA Oi TELEMAR é a MÃE DA SELENA DE TROYA!
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