Músicas, Seriedades, Burridades e Coisas Ogonorantes.

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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A repaginação musical pela falta de imaginação.

Esse negócio de pegar uma música antiga e repaginar, dar um arranjo moderno, cheio de efeitos eletrônicos tem virado febre e recrutado muitos adeptos. Tem algumas coisas que até gosto, mas já está cansando. Não sou daqueles que defendem que o original tem que ser perpetuado, imutável, porém há cada repaginação que são na verdade mutilações musicais. De acordo com a teoria de Darwin a evolução está presente em quase tudo na vida, porém na música se tem observado uma involução. Há pouquíssima coisa boa, de qualidade, sendo feita, por pura falta de imaginação. Essa turma se mata pensando em fazer letras cheias de onomatopeias, construídas com palavras de fácil memorização tipo “bara, bará, bere, berê”, tentando imortalizar o natimorto. Melodia imortal é aquela que fica pela essência, pela construção melódica, pela harmonia perfeita entre as notas e a poesia. Recordo uma ilação de Paulinho da Viola em seu filme “Meu Tempo é Hoje”, quando disse que Carinhoso do grande Pixinguinha e João de Barros, (completará em 2014 cem anos de idade), é a música brasileira mais cantada de todos os tempos. Prossegue ele, é muito comum se ver em barzinhos jovens de 14 ou 15 anos cantarem Carinhoso, como se conhecessem profundamente Pixinguinha. Pensemos nisso.

4 comentários:

  1. melhor ainda quando cantada pela magérrima Gabi.

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    1. Precisas ler mais o rapaz. A leitura engrandece as pessoas em vez de emagrecê-las.

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  2. Não sei para aonde vai este pitaco. Porém, os ouvidos humanos têm diferentes modos de percepção. Qualquer ser, normal, ouve música de maneira adequada aos seus instintos e educação. Quaisquer opiniões, contrárias ao ouvinte, serão pérolas atiradas aos porcos. Nenhum original precisa ser perpetuado - ele já é, está. Inovações e arranjos ao estabelecido podem ficar ou não. Óbvio! Letras feitas com apelo popular também agregam. Podem ser porcarias aos ouvidos cultos - que assim se acham - mas também ficam. Ninguém esquece, e até canta, "Adocica", do Raimundo Roberto Morhy Barbosa. Os evangélicos não acreditam nas teorias do Darwin. A D. Onete faz músicas com "essência, construção melódica e harmonia perfeita entre notas e poesia". Mas, felizmente, ela não agrada ao mundo. E então...? A pureza inconteste, como exigência de perfeição, só existe nas ditaduras. O contraditório, sempre, é e será, condição essencial para a dialética. Concordo com o meu blogueiro predileto.

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    1. Ainda bem que o final foi apoteótico, apesar das baboseiras pelo meio. Hoje não brigo com ninguém, estou de bem com a vida.

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