Máquina pública.

É mais quem esculhamba com a lerdeza do serviço público, tudo é demorado, demanda tempo para acontecer. Pois bem, esse fato aconteceu em um órgão federal que  elaborava diagnósticos  municipais. Os textos dos técnicos eram submetidos à apreciação de uma comissão editorial. E um deles escreveu sobre um município pequeno, desses que só tem uma praça, uma rua, uma igreja, o restante pertence ao prefeito. O técnico registrou em seu diagnóstico que a Praça do município era modesta, com alguns bancos e duas árvores frondosas. Alguém da comissão editorial resolveu contestar, alegando que conhecia o município e que a Praça era um descampado só, não tinha nenhuma árvore. Começaram a desconfiar que o cara sequer visitou o município. Antes que dessem uma reprimenda maior no sujeito, um colega de trabalho resolveu meter o bedelho saindo em favor do rapaz. Disse ele: Gente é melhor deixar como está. Até que esses diagnósticos fiquem prontos a Praça terá uma verdadeira floresta.  E resolveram deixar como estava.