Músicas, Seriedades, Burridades e Coisas Ogonorantes.

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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Crítica Literária # 3.

Tive que viajar para o interior do Pará e fiquei num hotelzinho modesto, e adivinha o que tinha na gaveta da mesinha de cabeceira? Acertou quem disse o Velho Testamento. Resolvi ler. Na capa não tem nem o nome do escritor, somente Velho Testamento, mas pela leitura das primeiras páginas tenho a impressão de tratar-se de um velho, tipo Paulo Maluf, que sabe o nome de todo mundo. Começa listando um a um pelo nome (Abrahão, Jacó, Moisés...), e ainda por cima sem dó e nem piedade, diz quem comeu quem (Abrahão comeu Sarah, que por sua vez deu para Jacó, Jacó não satisfeito comeu Esther e deixou Moisés com o pau na mão, digo cajado). Se fosse nos dias de hoje no mínimo estava respondendo vários processos por injúria e difamação. Bom, mas antes das denúncias, vem a tal da criação do mundo. Foi rápido pra cacete, em 6 dias estava tudo pronto, de deixar qualquer político com inveja. Mas tombém, como diria o caboclo, sem estradas, sem hospital, sem praça, sem o Manoel Pinto, sem a Lojas Americanas e o BRT, qualquer um faria rapidola. Nesse livro descobri que foi o autor que inventou a história de Adão e Eva, que eu pensava que fosse mentira, mas tá lá, inclusive de que a Eva veio da costela de Adão, (coisa sábia, pois como diz um filósofo de Igarapé Açu se fosse do filé de Adão só rico comia, ainda bem que foi da costela, só não se sabe se é Friboi). Algumas páginas do capítulo seguinte, o Êxodo, foram arrancadas por algum hóspede maconheiro, mas deixa isso pra lá. Do nada surge um barco grande, a tal Arca de Noé, que no meu entendimento cometeu um erro fatal para o futuro do planeta. No mínimo esse Noé deveria ter deixado fora da arca o casal de leão e o de urubu, teria livrado a humanidade do remo e do flamengo para sempre. Na parte dos profetas meu saco torrou e eu dormi. Quando acordei uma barata havia feito um estrago na obra. Embora seja um livro velho, como o próprio nome diz, é feito com um papel moderno com sabor convidativo para baratas de qualquer espécie. Como não li o final, recomendo a leitura da obra para pessoas desesperançadas, sem grana, desempregadas e a beira do suicídio. Para ser sincero tudo que escrevi nessa crítica literária eu copiei do New York Times, pois não consegui ler nem uma página do livro, as letras são muito miudinhas. Cabe salientar que a única coisa que escrevi de fato, foi sobre as páginas arrancadas pelo hóspede maconheiro...o filho-da-puta tirou as páginas para enrolar o baseado. Justamente a parte que Moisés abre a porra do mar vermelho para os judeus fugirem dos egípcios. Por conta desse vício do hóspede não se sabe como foi o restante do êxodo, razão pela qual até hoje é uma cagada naquela região. Para finalizar minha avaliação, atribuo nota 3 para o livro. Para o maconheiro dou nota 5 e para a barata tasco um 9,5.

2 comentários:

  1. Comentando o Livro Sagrado deste jeito jamais serás salvo. Só pecadores enxergam maconha bolada com papel do Velho Testamento. Acho que o soró deu larica do blogueiro. Atribuir nota alta para uma barata, convenhamos, nem o Kafka pensou.

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