Como
todos nós Paulo Francis começou por baixo, nascendo no Brasil. Mas assim que
pôde foi ser estrangeiro. Anda sempre com cara de poucos amigos, o que não o
impede de ter muitos. Dorme tarde e acorda ainda mais tarde, pois ninguém pode
acordar mais cedo do que dorme. Com uma mão lava a outra, e com as duas bate
palmas para os que têm coragem de sair no meio. Ama o feio, e bonito lhe
parece. Ama o caos, e é correspondido. No dia em que nasci não compareceu, mas tem
tão boa memória que me mandou um cartão, sete anos depois. Sua diversão
preferida é ficar todo torcido diante dos espelhos que distorcem e fundir a
cuca dos que só veem bonito. Nascido Heilborn, desde criança sempre quis ser
Paulo Francis. De lá pra cá sua ambição não parou.
Outra:
“O Paulo Francis é um bípede implume insuportavelmente sapiens.”
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