Músicas, Seriedades, Burridades e Coisas Ogonorantes.
Um blog para quem não tem nada para fazer. Para pessoas que vieram do nada e hoje não tem porra nenhuma.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
O barulho e o mau gosto.
Fazem
3 sábados que o som do Café da Sol Informática perdeu o brilho, e o que é pior, ganhou
ares de amadorismo, de gente que não conhece muito de música, que toca mal e
maltrata o belo piano de calda que lá está. A Sol sempre primou e nos brindou
aos sábados com músicos de primeira, que tocam com qualidade e profissionalismo,
e em razão de algumas reclamações em função do som elevado, que não foram
devidamente interpretadas, tomou uma atitude radical. Seria possível conciliar
o pleito feito com a manutenção do que vem sendo feito há muitos anos. Basta
estabelecer critérios sensatos, que possibilite adequar o volume do som aos
ouvidos de seus clientes. Por exemplo, a Sol não admite cantores no Café, é um
critério plausível, que se enquadra perfeitamente nessa filosofia de premiar os
clientes da Sol com músicas instrumentais de qualidade. Neste particular a Sol
ainda tem (ou tinha) o mérito de fomentar esse tipo de música e espraiá-la, exercendo
(ou exercia) um papel fundamental na formação cultural e musical de seus frequentadores.
Eu mesmo já fiz algumas reclamações contra empolgação de alguns bateristas que
lá tocam e que acabam se excedendo, ampliando o som de seus instrumentos, mas
nada que justifique no que foi feito. Neste sábado que passou, que me perdoe o
rapaz que tenta ser pianista, foi uma lástima, até Michel Teló, com a porcaria
do Ai Se Eu Te Pego teve. Vale
lembrar que a Sol é um dos últimos redutos onde se consegue ouvir a música de
bom gosto, a música perene, que de fato fica na história. As empresas que
promovem eventos musicais preferem ceder seus espaços para: pagodeiros,
sertanejos, forrozeiros e bregueiros, tal como fazem as rádios, emissoras de TV
e jornais, que acham mais vantajoso fazer cultura escrevendo Xirley com X.
Assim espero que o Café da Sol não se transforme naquele coado nas calcinhas do
mau gosto.
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Meu blogueiro, concordo. Mas é preciso não sermos preconceituosos. Um sucesso, não importa de quem seja e que não gostemos, pode e deve ser interpretado para ouvintes de padrões diferentes dos nossos. A Sol não é, nem será, uma escola para apurar ouvidos. Podemos reclamar, porém precisamos adimitir o "outro" com suas possibilidades e alcances. Temos todo o direito de ouvir o que queremos nos nossos espaços privados. O sucesso é imperdoável. Em público, só podemos pedir menos volume. É um saco, mas é democrático. Sejamos livres do comum.
ResponderExcluirCamilo, já vi que teu caso é irremediável, tens familiaridade com esses ogonorantes musicais. Acredito que não leste a primeira postagem deste blog, onde explico os propósitos que me motivaram a criá-lo. Lá está com todas as letras que o combate a essa turma que faz música fajuta será alvo permanente de minha ira. Quanto a ser democrático, nessas horas endeuso os tiranos, e gostaria que pelo menos um deles varresse da face da terra esse imundice que assola o país, induzindo até ouvidos bem intencionados, como os teu!
ExcluirMeu Boss, amigo, reclama, tens todo o direito! Ainda há algo de amargo para atazanar as tuas ouças. Escuta e chegará o tempo para usares tampões nos ouvidos. Repito a minha intolerância, também, com músicas que não me agradam. Marudá é um exemplo. Eu não sou irremediável. Ao contrário, sou bastante remediável. A tirania sempre leva os tiranos à forca. Gritarás, gritarás, mas a música por ti considerada ruim existirá... Vamos ver os Cai-cai-caimis.
ExcluirA questão é não ouvir e pronto. Gracias que já estou ficando velho e surdo.
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