Fama e fortuna acabam em CPI.

O grande compositor sexagenário Veloso Dias, de quem Caetano fica orgulhoso de ser primo, mereceu no domingo que passou a primeira página do caderno Você do jornal Diário do Pará. Veloso, que sempre foi um homem de meias verdades e mentiras inteiras, deu várias declarações bombásticas para o referido jornal. Diante disso foi instaurada uma CPI para apurar essas cachoeiradas do Veloso, que terá como fundamentação as afirmações feitas abaixo. O objeto da CPI será indefinido e indeterminado, e terá os seguintes integrantes: Zeco Penna (presidente), Raul Sá (relator), Paulo Cal (membro), Jane Araújo (membro), João Sá (membro), Proprietário do imóvel da Village Rabbit - vulgarmente conhecida como passagem Coelhinho - (membro) e Condureba (membro).

1) Veloso é o homem que lançou o genuíno chapéu do Panamá, é como disse a “sua marca registrada.” Usou inclusive antes de Santos Dumont, que achou bonito e copiou nosso famoso astro;

2) O grupo Saltando Barro não deu certo pois o outro músico era muito ganancioso e sem vocação musical. Apesar de ter sido ajudado pelo Veloso anos e anos, sempre foi um ingrato. Foi Veloso que lhe deu aulas de licitação pública e nunca cobrou por isso. Ensinamentos de violão, então nem se fala. Ensinou o rapaz a por as cordas no violão e tocar Amapola. È por isso que Veloso tem por ele muita Penna.

3) Declarou que foi parceiro de Tim Maia, só porque o homem já morreu e não tem como desmentir.

4) A garganta de fato está cansada, e nosso modesto Veloso achou prudente não relatar que usa a voz desde os 4 anos de idade, quando trabalhava gritando pelas ruas “olha o amendoim”. Nosso “Chico Buarque de Ourém” está com a voz rouca, muito embora faça regularmente gargarejo com mel de abelhas de Alambique e fume muito pouco dos cigarros que compra (só fuma muito aqueles que fila – a turma espera que com a grana que está ganhando comece a comprar cigarros).