Julgo que o primeiro carro do Tonho meu primo foi um fusca que alcunhamos de Bala, comprado do Edval Maia. O Tonho chegou com o Maia disse que queria comprar o carro, prometeu dar uma entrada e pagar o restante em 500 parcelas. O Maia perguntou quanto era a entrada, o Tonho disse que R$ 150,00, o Edval bradou: - Queres comprar a vista! Não deu outra o Tonho abiscoitou o Bala. Motorizado fazíamos todas as andanças de carro, o tempo era quase o mesmo, pois a velocidade do caranga era coisa de cinema em slow motion, para vocês terem uma idéia, fizemos uma viagem para o Mosqueiro em 16 horas, com 3 princípios de incêndio. Noutra ocasião nosso itinerário era a casa do primo Paulo Góes, que residia na Timbiras onde tinha de tudo: mussum, onça e mapinguari. Havia chovido e vários lagos se formaram no meio da rua. Chegando lá demos de cara com um desses lagos, o Tonho parou o Bala acelerou e entrou na poça gigante, lá no meio, o motor do Bala começou a fazer fumaça, a água entrando no interior do veículo e o banco do motorista subindo com o Tonho, parecendo cadeira de dentista. Tivemos que dar uma ré, deixarmos o Bala na espera e fomos nadando buscar o Paulo Góes, nessa empreitada descobrimos que havia sido um toco que entrou debaixo do Bala, abriu um rombo no assoalho e levantou o banco do Tonho até a altura do teto. Tempos depois o Joel Macambira comprou o consultório de dentista, digo o problema.
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