Músicas, Seriedades, Burridades e Coisas Ogonorantes.

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Todo bêbado sabe o rumo de casa.

Todos devem conhecer aqueles sobrados antigos, geminados, edificados na Av. Governador José Malcher, entre Quintino Bocaiúva e Rui Barbosa. Lá pelos idos de 1970 o Rui Cabeça morou em duas dessas casas, primeiramente morou na penúltima residência, considerando que a primeira delas fica na esquina na Tv. Rui Barbosa. Em seguida passou a morar na última casa.
Pois bem, na ocasião o pai do Paulo cocô era Diretor do Detran, cuja fiscalização, blitz, etc., era de competência do Batran. Por conta disso o Paulo adorava andar nos carros do Detran cercado de guardas por todos os lados, dava status para o “cocô”.
Numa madrugada o Paulo estava a rondar a cidade em uma das viaturas do Detran, e ao passar pelo Bar do Parque, constata que o nosso amigo Rui Cabeça estava desbundado sobre uma mesa completamente embriagado.
O Paulo preocupado ordenou que os guardas do Batran pegassem o Rui, colocassem no carro para levá-lo até sua residência. Pegaram o Rui com aquela delicadeza e colocaram no veículo e zarparam na direção da casa do Rui.
Chegando lá o Paulo mais uma vez deu ordens para os guardas colocarem o Rui para dentro de casa, indicando a penúltima casa. Dois guardas pegaram o Rui pelos braços e foram na direção da casa indicada, o Rui abriu os olhos e como todo bom bêbado que sabe o caminho de casa bradou: - EU NÃO MORO MAIS AÍ! Os guardas pararam e olharam para o Paulo, que contra atacou de lá: - Mora sim, ele está bêbado, põe o homem para dentro.
O Rui se segurou nos portões de ferro da casa, e os guardas começaram a empurrar o Rui pra dentro, e ele bradava: - EU NÃO MORO MAIS AÍ, PORRA!
Os guardas pediram reforços para o carro: - Paulo manda mais reforços, o homem não quer entrar de modo algum.
O Rui seguro nos portões continuava a gritar: - EU NÃO MORO MAIS AÍ, PORRA!
O Paulo cocô falava de lá: - Mora sim, ele está bêbado, empurra esse puto mal agradecido.
E os guardas: - Manda reforços seu “torete”.
Nessa agonia o pai do Rui aparece na janela do andar superior da casa ao lado (a última): - Que gritaria é essa aí, vou mandar prender todos vocês.
O Rui se vira pro Paulo: - Não te disse filho duma égua, tá ali o papai, agora estou morando na casa ao lado.
O Paulo deu a ordem final: Toque de retirada, deixa o homem aí. O Rui se livrou do Paulo cocô e tentou entrar na casa certa, porém havia esquecido as chaves. Olha para a janela onde estava o pai dele e pede: - Pai me jogue as chaves para eu entrar.
O pai do Rui rebate de lá: - Só te mando se fizeres um quatro.
O Rui se aprumou, olhou pra cima, levantou o braço e mostrou a mão com quatro dedos (a la Lula).
O pai não tinha outra solução a não ser de jogar as chaves.

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