Tem apelido que é a cara do cidadão, é tão bem dado que fica até melhor que o próprio nome do apelidado. Tem gente que só é conhecida pelo apelido e não adianta tentar usar o nome de batismo do cidadão, que ele corre o risco de ter seu próprio enterro sem uma viva alma. Para exemplificar com fato real essa questão de apelido, o Zé Minino quando se formou em geologia pela Universidade me convidou para a festa. Para saber se era verdade, pois o Zé só vive de gozação com as pessoas, fui verificar nos jornais da época as famosas páginas onde aparecem curso a curso as carinhas dos formandos com seus respectivos nomes. A turma do Zé resolveu inovar e não tinha foto, era só o nome, e lá não aparecia nenhum Zé Minino. Depois me disseram que o nome dele é Raimundo Martires, que convenhamos é muito pior que Zé Minino. Conheci outros cidadãos que ganharam de presente apelidos geniais, um deles foi um colega de colégio que se chamava Roberto e passou a ser o Minha Pimba. O colégio inteiro, inclusive as meninas e os professores só chamavam o Roberto de Minha Pimba. Depois conheci outro cara feio para burro que foi apelidado de Inútil Paisagem. O Casca de Pica, que já contei algumas histórias aqui no blog, foi outro que recebeu um belo apelido. Obviamente que a pessoa que apelida o cidadão é a grande responsável por tudo isso, e um dos melhores apelideiros que conheço é o João Bererê baterista profissional de todos os gêneros e motoqueiro nas horas vagas. Julgo que até o seu apelido Bererê foi ele quem deu, para evitar possíveis revanches de sua língua ferina. Vamos lembrar alguns apelidos dado pelo Bererê, para vocês terem uma idéia de quem é a peça. O Paulo Medeiros, ou Mini Paulo, baixista, foi apelidado pelo Bererê de Filho de Lavadeira. A sombra do Mini Paulo, até hoje, revela uma pessoa com uma cabeça enorme, muito semelhante aqueles moleques, que acompanhavam as mães lavadeiras, carregando uma trouxa de roupa na cabeça. O Nelson Batista Ferreira, o nosso Nego Nelson já ganhou vários apelidos do Bererê, o mais apropriado foi o de Albertinho Bastos, que na época andava meio bile e morando num coreto da Praça da República. Também pela semelhança o Tinoco Costa foi alcunhado de Irmã Dorothy, pelo Bererê. Já o irmão do Kzam Gama, o Juísta, pelo fato de ter pêlo no corpo todo, especialmente no peito, com algumas ilhas de cabelos brancos, mereceu o apelido de Tapete Decorado. Eu também não escapei do Bererê, em razão de meu cabelo caindo sobre os olhos e de ser gordo, fui apelidado de Ruivão, um cachorro de um desenho animado. Para encerrar lembro de dois irmãos mosqueirenses, que por infelicidade do destino a moçada de lá chamava-os de: Quase Gente e Quase Monstro.
Conheço o Bererê, aquilo é uma figura. Ele tinha um amigo, o Paulo Bonna, que tinha a cara toda furada, amassada e cheia de manchas. Não deu outra: ganhou a alcunha de "Cara de maracujá". Outra vítima dele foi o Tito Barata, feio que só a peste. Foi rebatizado de "Aborto de múmia". Não escapou nem o Paulo Cal, que virou o "Pudim de Pitú". Esse Bererê é foda...
ResponderExcluir-Francisco Coutinho
Da língua ferina do Bererê não escapou nem o seu velho amigo e fiel companheiro de birita, o Bob Menezes. Ganhou o carinhoso apelido de "Bob Esponja".
ResponderExcluirSó se for esponja de aço, pois o Bob não bebe porra nenhuma. Idem em relação ao Bererê, diria que os 2 juntos em matéria de birita são PHD do A.A, dão aula fácil, fácil.
ExcluirEstou surpreso. Só se foi há pouco tempo que aqueles dois deixaram de encher a cara. Quando estacionavam suas possantes motos na porta de algum bar, o dono já começava a pular de alegria lá dentro, porque o faturamento da noite tava garantido. Eles bem que podiam formar uma dupla sertaneja, Zé Pinga e Manguaça...
ResponderExcluirIsso já faz tempo, e mesmo assim eram dois embromadores.
ExcluirAnos atrás, o Bererê teve um fusca branco todo equipado com pneus largos e motor preparado, que cuspia fogo pela descarga quando ele acelerava fundo. Esse carro era conhecido na cidade como "Pinico Atômico", apelido provavelmente dado pelo próprio dono.
ResponderExcluirNão foi só o próprio carro que o Bererê apelidou. Um guitarrista amigo dele, o Carlos Reymão, comprou um carro usado de uma auto-escola que era de uma cor horrorosa, um laranja berrante. Quando o Bererê viu o carro, lascou na hora: "-Égua! Uma laranja mecânica!" O apelido ficou.
ResponderExcluirA Invencível Veículos, concessionária Fiat, tem um gerente que é um anão horroroso e antipático, que atende pelo nome de Chico Cunha. Um dos vendedores da loja me confidenciou que o apelido dele é "Bibelô de Catacumba". E realmente o cara tem tudo a ver. Será que foi o Bererê que apelidou a figura?
ResponderExcluirConheço o Chico e ele não é tão feio assim, quando dá desconto, quando não dá é a cara de um Bibelô de Catacumba.
ExcluirBibelô de Catacumba,kkkk... Sei quem é a figura, parece mesmo. Mas o dono da concorrente Atlas Veículos, o Berna Resende, também tem um apelido muito sugestivo, colocado pelo jornalista Raymar: Pingüim Barbado.
ResponderExcluirTinha uma banda aqui em Belém chamada Mosaico de Ravena, não sei se ainda existe. O vocalista do grupo, Edmar Idálio, tinha um cabelão na cintura e um narigão, e era comhecido com "Maria Bethânia" pela grande semelhança com a dita cuja, parecia até filho dela. Como era músico, sabe-se lá se não foi o tal Bererê que apelidou o cara...
ResponderExcluirTem também o Jorge Derenji (Fantasma da Ópera) e o João Paulo Mendes (Manequim de Funerária).
ResponderExcluirEsse tal de Pererê não tem apelido? Ele só sabe botar apelido nos outros? Vamos botar um apelido nele também! Pô, só quer enrabar mas não quer levar?
ResponderExcluirPode ser Zé Apelideiro? Bererê já é um apelido, quanto a Pererê não sei se ele é chegado a uma muca. Aproveite e mande uma foto, quem sabe ele não ache um apelido para você.
ExcluirE tu, Condureba? Não tens apelido? O Bererê ainda não te batizou? Ou batizou e não queres contar? O carequinha da batera não poupa ninguém, e pela caricatura do blog tu pareces um urso polar lombrado...Kkkkkkk.
ResponderExcluirVou aceitar esse novo apelido, mas tens que procurar um oculista cegueta, no texto está o apelido que ele me deu.
ResponderExcluir
ResponderExcluirConheço o Bererê, tive o prazer de conhecer a figuraça, o que talvez você não saiba é que ele é também um grande contador de piadas e histórias inacreditáveis, onde ele mesmo é o protagonista. Por exemplo, sabiam que ele quando era adolescente era fã do Drácula e chegou a comprar um caixão pra dormir dentro dele? Acredite se quiser...
Aquilo não vale nada! Impossível se manter sério perto dele!
ResponderExcluirÉgua... Bererê? Tem certeza que é assim que se escreve? Porque no nosso tempo de adolescente, todo mundo chamava pra ele de Bereré!
ResponderExcluir