Músicas, Seriedades, Burridades e Coisas Ogonorantes.

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domingo, 17 de abril de 2011

Barcelona.

Qualquer time na face da terra quando troca passes por 3 a 5 minutos a torcida grita olé. Essa situação é rara de acontecer no futebol. Para o Barcelona essa exceção é regra, é um time que troca, no mínimo 70% e as vezes 80% do tempo de duração do jogo, passes sem erros, e se a torcida fosse gritar olé sairia rouca em quase todos os seu jogos. É um time dos sonhos de qualquer torcedor, onde não há estrelas, tudo é feito com discrição em prol do grupo, da instituição. Afora isso quem já leu a história do Barcelona fica maravilhado com o clube. É o único no mundo que ainda não ostentou publicidade paga em sua camisa. A única marca que já teve o sabor de ser estampada na camisa foi a da UNICEF, isso sem tirar um único tostão do bolso e ter recebido do clube catalão alguns milhares de euros, que se sentiu honrado em carregar a marca da organização internacional. Politicamente o Barcelona também tem um passado belíssimo, pois foi um reduto de resistência do regime franquista. Seu estádio serviu de refúgio e de abrigo para os defensores da liberdade espanhola. Talvez nenhum time da face da terra tenha tido o posicionamento político do Barcelona ante a situação ditatorial vivida pelo País entre 1939 a 1976.
Hoje, aconteceu o primeiro dos 4 confrontos que os deuses programaram para acontecer em 18 dias, entre o Barcelona e o Real Madrid, e o time catalão foi até a casa do Real e deu mais uma aula de seu magnífico futebol. Parecia que era o dono da casa, e teria ganho se a autoridade máxima do jogo, travestida de Francisco Franco não tivesse imposto sua vontade para evitar mais uma perda do poder. O jogo acabou, e por incrível que possa parecer só um único time continuou no gramado, o Barcelona, que fez questão de cumprimentar seu algoz que acabrunhado saiu pelo mesmo vestuário de seu time do coração. 

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