Músicas, Seriedades, Burridades e Coisas Ogonorantes.

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segunda-feira, 26 de março de 2012

Outra aberração musical.

Agora os holofotes globais e dos jabaculês musicais (promotores) estão mirando o Felipe Cordeiro, que resolveu ressuscitar velhos projetos, que no passado não deram certo. Diferente dos demais produtores de ruídos sonoros, o Felipe Cordeiro tem conhecimento musical e tem por trás de si a competência do pai, Manoel Cordeiro, que sabe fazer música e sucesso. Contudo, a questão não se centra no conhecimento ou profissionalismo musical dessa trupe, e sim do conteúdo do que estão produzindo, e que está sendo endeusado pelos quatros cantos do planeta, onde esse tipo de ladainha sonora encontra ressonância. Para tecer comentários a respeito do tema, tive que sacrificar algumas horas do meu tempo para escutar o que o Felipe Cordeiro está produzindo, e pelo que ouvi, é ipsi litteris o que já foi feito no passado pela turma do carimbo, com repaginações eletrônicas experimentadas pelo Marcos André, desde 8 anos atrás (Amazônia Groove). Esses coitadinhos passaram despercebidos e/ou não tiveram condições de molhar o pé da planta dos produtores sonoros, e ficaram a ver navios. Já o Felipe Cordeiro, largou o que vinha fazendo, e deu uma de Fagner, rasgou Mucuripe e enveredou por Borbulhas de Amor, optando por ser peixe em detrimento do homem musical que foi. Seguiu o conselho do pai, pelo sucesso fácil, da música efêmera, que explora a ignorância musical de quem paga. O pior disso tudo é que essa aberração musical acontece justamente no Pará, que está sendo importado pelo mundo afora, como a terra da breguice, de onde se faz café coado na calcinha, se anda de isopor na mão, e que para ser ruim tem que melhorar muito. Resta-nos plagiar a própria Joelma e seu Cledivan, que escreveram: Fora tchau bye bye. Pega o bonde e vaiXama Chessus, meu Chessus me Xicoteia.

2 comentários:

  1. Francamente, até acho, tu não gostas de quem procura fazer sucesso, ganhar uns trocados. É claro que essas músicas não são do teu gosto. Pura opinião. Mas, para a classe dançante, esta música atende. A solução musical vive espremida entre o reconhecimento e a angústia. Essa turma precisa ganhar. Se o povo perde, paciência.

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    1. Acho até que as pessoas devem ganhar seu dinheirinho, mas não as cutas da ignorância alheia. Isso é a mesma coisa que o Edir Macedo faz com os ogonorantes que batem a porta da Universal. Quanto ao fato de ser dançante, não precisa ser ruim. Até hoje se dança a valsa em 15 anos com Strauss e ninguém morreu por isso, e nem o Strauss ficou rico.

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