Músicas, Seriedades, Burridades e Coisas Ogonorantes.

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domingo, 25 de agosto de 2013

Crítica Literária # 2.

Essa semana li rapidamente em um barbeiro da cidade o besta-seller de Salomão Laredo “Jibóia Branca”. Embora pareça ser um livro fino, não é, é cumprido e pesado, pois fala sobre ônibus, as linhas de ônibus de Belém. Algo genial, pois jamais em toda minha vida ia imaginar que alguém tivesse essa feliz ideia em colocar em um livro todas as linhas de ônibus de Belém, inacreditável. Ainda por cima toda arrumadinha, coisa que nenhum prefeito e diretor de trânsito conseguiram ainda. Por exemplo, começa a narrativa com a linha Tamoios-Arsenal e como não quer nada, cita no final da página a linha Canudos-Umarizal, ou seja, a tal rima rica, note bem o som Arsenal-al-al-al e Umarizal-al-al-al. Apesar do som ser o mesmo, as cores dos ônibus são diferentes. Uma pena que a obra ainda não tenha sido traduzida para o Braile, pois ia ajudar muito os deficientes visuais a pegarem o ônibus certo. Lembre-se que em muitas paradas há gente que não tem boa dicção e pode sem maldade, ou de sacanagem mesmo, dizer para o ceguinho que a linha é Tapanã-Cremação, e o ceguinho entender Carapanã de Caução, e perder o ônibus. Portanto acho a obra importantíssima que deve ser lida imediatamente pelos fanhos, gente que fala pra dentro e cobradores mal-educados. No meio do livro há dois grampos prendendo as páginas na capa, solução bastante engenhosa e complexa, pois você já tentou grampear um livro em um ônibus lotado é muito difícil. Nas 2 páginas seguintes relaciona todas as linhas que passam em frente na Oficina de Serviço Técnico Especializada do Venceslau Magaiver, revelando forte merchandising para quem financiou a obra. Para quem não sabe, a Oficina do Venceslau é aquela que conserta do ferro a carvão a helicóptero. No capítulo único e último o autor encerra a obra com o ônibus GreenVille-Jibóia Branca no fim da linha totalmente seco. Cotação: R$ 2,20.

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