Nos áureos tempos da febre do ouro em Gurupi na fronteira do Pará com o Maranhão, teve muito aventureiro daqui que comprou um barranco por lá, e foi tentar a sorte de enriquecer rapidamente. Dentre esses exploradores estava meu amigo Rodrigo, que se associou a outros executivos e partiu para sua nova atividade como dono de barranco. A extração do ouro do tipo aluvião fazia dos burros, que transportavam o cascalho para lavagem, uma das ferramentas indispensáveis para o sucesso do negócio. Depois de vários dias garimpando sem sucesso, grande parte da turma já cogitava desmontar acampamento e desistir da empreitada, quando o Rodrigo com seu vocabulário prolixo, tentando levantar a moral da rapaziada, faz um breve discurso: “Amigos, ainda não demos sorte, mas quase todos os barrancos estão na mesma situação. Não podemos esmorecer, pois somos empresários de sucesso, lembre-se que nós possuímos a maior frota de burros do Gurupi”. De nada adiantou a frota de burros, que foi toda vendida para pagar as demais despesas do barranco, de onde não extraíram nem 10 gramas de ouro.
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