Grande Tio Zeca.

Meu tio José Maria Pinheiro Condurú, se vivo fosse, teria feito 82 anos no dia 7 que passou, o Tio Zeca era irmão de meu pai, um tio inesquecível pelo carinho que sempre dispensou a mim e meus irmãos, e pela alegria contagiante que sempre espraiou nos momentos em que estivemos juntos. Quando se juntavam o Tio Zeca com o Papai podia contar que lá vinha coisa boa, todos se reuniam em volta para curtir e rir o humor inteligente dos dois. Fizeram várias músicas juntos, e a mais famosa delas foi o rock precursor do heavy metal “O Amor a Bunda”, composto em uma sexta-feira santa logo após as 3 horas da agonia, (em outra oportunidade vou escrever sobre essa parceira musical). O Tio Zeca foi quem me motivou a torcer pelo Botafogo e pelo Corinthians, e quase sempre assistíamos jogos juntos, era um deleite. O Tio Zeca foi meu segundo pai literalmente, pois sempre que podia vivia em sua casa no extinto Instituto de Pesquisa e Experimentação Agronômica do Norte – IPEAN, hoje Embrapa, curtindo finais de semanas e feriados com meus primos queridos: Neto, Teca, Beto e Ise. Nas férias também era raro não estarmos juntos, e sempre era o Tio Zeca que proporcionava isso tudo. Nossas famílias tiveram momentos juntos no Outeiro de priscas eras, quando pouquíssimas pessoas moravam na ilha, em Igarapé-Açu nos idos dos anos 60, no Mosqueiro na década de 70 e especialmente em seu sítio do coração, o Formiguinha, que hoje está sob a responsabilidade do Beto. Passaria o dia escrevendo sobre o Tio Zeca, e tudo o que ele representou pra mim. Com enorme saudade no peito, e pedindo desculpas pelos parabéns atrasado, só tenho a dizer que tudo o que meu Tio Zeca fez em vida, engrandece e orgulha a todos nós. Noutro post publico uma singela homenagem ao meu Tio Zeca, uma síntese de sua vida profissional elaborada gentilmente pelo meu primo Neto, seu filho mais velho.

P.S. – Tenho absoluta certeza se o Tio Zeca estivesse aqui conosco, teria nele um dos maiores colaboradores do blog, que seria mais rico de genialidade pelo fino humor que possuía. Registro também um beijo de gratidão para minha Tia Cleide que ao lado do Titio, foi co-responsável por esses momentos felizes de nossas vidas.