Músicas, Seriedades, Burridades e Coisas Ogonorantes.

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Congresso de Reitores.


Final da década de 60 e início dos anos 70, o papai era sub-reitor da UFPa., e na ocasião se realizava um Congresso Nacional de Reitores em Belém, e naquela época um Magnífico Reitor era tipo um segundo Governador, os homens eram respeitabilíssimos, tratados com pompas e reverências. O Congresso durou alguns dias e num dos almoços do encontro, realizado no salão nobre da Assembléia Paraense, o papai resolveu levar o Mauro, o caçula da família, (na ocasião com 7 anos), que era gordinho, comia de tudo e aprontava muito, ou seja, o papai já sabia de antemão que não seria de boa prudência cometer tal ato, julgo que o tenha levado justamente para desfrutar de alguma marmota do Mauro. O menu principal do almoço era uma legítima caldeirada de filhote, servida em porcelanas italiana. Antes do prato principal foi servido uma entrada, uma cestinha com finos pães e uma pasta de camarão regional. O Mauro sentado na frente do papai, em uma mesa longa onde todos os reitores com esposas e convidados se faziam presentes, reserva de imediato 2 pães, e não faz questão sequer de provar a pasta, aguarda ansioso pelo almoço. Os pratos já vinham servidos, com tudo que o convidado tinha direito: batatas, cebolas, ovos cozidos, couve, belas postas de filhote, arroz, pirão, etc. O papai pediu ao Mauro para aguardar os demais serem servidos. Dada a largada, o Mauro pega um dos pães corta ao meio, abre o bicho coloca uma batata cozida dentro com um pedaço de peixe, faz um sanduba e taca-lhe o cacete. A mamãe ficou rubra de vergonha, já o papai não se continha de risos. Fez o mesmo com o segundo pão, mesmo levando beliscões da mamãe. Depois comeu o pirão com o resto do peixe, levantou a camisa, deu umas batidas com as mãos no barrigão tufado, e largou um arroto daqueles bem mal educado. Obviamente que o papai reprimiu, mas no fundo no fundo achou aquilo o máximo, pois não se cansava de contar essa história.

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