Músicas, Seriedades, Burridades e Coisas Ogonorantes.

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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O que dizer.

Hoje é o dia do soldado, e como dizia meu pai, é o dia da castanha do Pará e do mucajá. É também a data de nascimento do meu velho. Eu tinha 19 anos quando ele faleceu em um acidente automobilístico, e perdi bons anos de uma convivência mais estreita. Depois de todos esses anos, sua ausência só faz ampliar a saudade, pois todos que tiveram oportunidade de conhecê-lo, como amigo e/ou aluno, quando falam comigo fazem questão de tecer elogios a sua pessoa, rezam palavras que nos enche de orgulho. Como gostaria que ele estivesse por aqui, presenciado a evolução da informática, para o qual já se dedicava antes de falecer. Para usufruir das tecnologias de áudio e vídeo, o que lhe permitiria ouvir o som digital, assistir shows musicais, filmes e até mesmo registrar a sua rádio Katraka com softwares e meios mais avançados (a barulhada ia ficar melhor). Para acompanhar a evolução do Tom, do João, do Edu, do Chico, do Alf e do surgimento do Guinga, dos Adnets, de Zé Wisnik, de Mônica Salmaso, da Orquestra Jovem Tom Jobim, assim como de outros músicos do jazz que ele também admirava. Para dedilhar violões de melhor acústica, mais sonoros, com acordeamentos mais modernos. Para degustar as boas cervejas do ramo, especialmente as artesanais feitas com esmero pelos mestres cervejeiros. Para aprofundar seus conhecimentos matemáticos, e espraiar seus ensinamentos através da internet. Gostaria de abraçá-lo e presenteá-lo neste dia, em agradecimento a tudo aquilo que me ensinou e deixou de precioso: a honestidade, a educação e o bom humor. Infelizmente nada disso é mais possível, só me resta cantar o parabéns, sem saber o que dizer. 

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