Músicas, Seriedades, Burridades e Coisas Ogonorantes.

Um blog para quem não tem nada para fazer. Para pessoas que vieram do nada e hoje não tem porra nenhuma.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

14 anos da Marly.

A Marly Condurú Fernandes minha prima fazia 14 anos e as comemorações foram na residência dos pais delas (meus padrinhos), e de meus avós, que residiam juntos. Foi um festão, onde compareceu toda a galera top de linha da época.
Eu já tomava meus birinaites, e quando ficava bacana dançava pacas. Com a cara limpa morria de vergonha, nem me atrevia, era uma pedra.
Tinha muita mulher bonita, mas tudo agarrada, os amigos da Marly não refrescavam e grudavam mesmo.
Depois duns cavalos brancos com guaraná meus pés não paravam de tremer de tanta cuíra para dançar. Olhei prum lado, pro outro e só tinha bonitinha ocupada. Numa dessas vasculhadas de vista deparei com uma mulher de costa, cabelos longos, negros. Fui em direção a moça, cheguei primeiro que os outros no pedaço, cutuquei o ombro ela se vira, era simpática até, tipo aquelas caboclas roliças do romance Gabriela do Jorge Amado, com alguns traços indígenas, diria que era parecida a essazinha que ganhou no fantástico, porém com mais enchimento.
Ela me olhou, e eu pedi para dançar. A priori ela tentou rechaçar, diante de minha insistência aceitou. Peguei a guria pela cintura, colei-a ao meu corpo e sai rodopiando com ela pelo salão.
Depois de 2 ou 3 rodopios vejo uma multidão de parentes na porta que fazia a ligação do salão de baile a sala onde estavam os comes e bebes. Era vovó, mamãe, tia Cleide, dindinha Lúcia, Mãe Preta e até a Natalina me chamando. Julguei que eu estava abafando e elas me aplaudindo.
A bonitinha não via nada, pois estava de costa. Como os acenos eram intensos, pedi para parar a dança e fui na direção de meus parentes, a moça quando viu aquilo, se esquivou e procurou se esconder no meio dos amigos da Marly.
Ao chegar perto de meus parentes, me deram um safanão para dentro da sala de comes e bebes e passaram um carão daqueles. Especialmente minha avó e a Mãe Preta. Não entendendo a razão daquilo questionei.
- Eras, vocês estão brigando comigo só porque eu resolvi dançar. Estou fazendo confusão por acaso? Estou bêbado?
- Não menino, estavas dançando até que bacaninha, mas jamais com a Deusa a nossa nova empregada.
Meu filme queimou de vez, resolvi me juntar aos meus primos e beber até vomitar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário