Músicas, Seriedades, Burridades e Coisas Ogonorantes.

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Meu banco adorável.

Quero ver um gordo que se atreva a tomar um banho sentado sem um bom banquinho. Sem banquinho o cara fica parece tartaruga com o casco virado para baixo, se debate todo para levantar, o jeito é ter um bom banquinho, desses bem resistentes e que agüente água. De PVC nem pensar.

Pois bem, achei que deveria comprar um banquinho para o meu banheiro, pois na minha idade e com o peso que tenho estava precisando. Fica mais cômodo, permite você tomar um banho decente, pois é possível esfregar tudo, da ponta do cabelo a ponta do pé. Ou seja, para gordo e velho um banquinho corresponde a uma banheira de hidromassagem.

Primeiro me indaguei sobre onde comprar um banco com as características que gostaria. Não tive resposta, o jeito foi ligar para meus amigos arquitetos e decoradores. Unanimemente a local apontado foi o de uma loja especializada em louças e artigos exclusivamente para banheiros. Zarpei pra lá.

Chegando a loja indicada, me deparo na vitrine com um banquinho lindo, com tampo de acrílico e pés de aço inoxidável, uma beleza e bem resistente. Diria que a priori me afeiçoei ao bichinho.

Entrei na loja e uma das atendentes vem ao meu encontro e pergunta o que desejo. Respondo que quero comprar um banquinho para banheiro, que seja resistente e possa pegar água. A moça de cara me mostrou o banquinho da vitrine. Pegou o mesmo e me disse:
- Esse banco tem assento de acrílico com 25 cm de espessura e sua estrutura é toda em aço inoxidável para cargas de até 300 kilos.  Além disso, esse banco vem com 6 diferentes tipos de assentos, com decorações e cores diferentes. Você pode combinar o assento do banco com a cor de seu banheiro, com as roupas de banho, etc. Para fazer essa troca de assento, acompanha o banco essa chavinha de fenda dourada, linda, projetada especialmente para esse banco.

Depois de ouvir atentamente a descrição do banco, e de ver os 6 tipos de assentos, a linda chavinha de fenda, pensei. Acho que esse bicho vai me dar trabalho. Já pensou se minha empregada coloca uma toalha azul, lá vou eu ter que pegar a chavinha desparafusar o tampo que não combina e colocar um tampo que combine com a toalha. Ou seja, a cada troca de toalha vou ter que trocar o tampo. Essa desvantagem já estava por definir minha decisão em não comprar o banco.

Quando ia dizer para a moça que não queria, me vem a mente outro pensamento. Esse troca-troca de assento pode ser um lazer. Ao invés da leitura habitual de jornal no banheiro, poderia pegar a chavinha e ficar mudando de tampo. Perderia em cultura, mas ganharia em destreza para trabalhar com chave de fenda e decoração. O que em princípio poderia ser uma desvantagem passou a ser uma vantagem.

Antes de dar meu veredicto, achei por bem perguntar quanto custava o banco. Responde a atendente.
- Esse banco custa R$ 5.980,00. Mas lhe dou um desconto de R$ 80,00.
- De fato é um bom desconto, mas não vou levar.
- O senhor achou caro?
- De modo algum.
- Por que, o senhor não vai levar o banco?
- Porque eu gostei muito dele. Jamais vou sair de casa sem levá-lo comigo. Seja para onde for.
- Como assim?
- É que ele não cabe no cofre lá de casa.

P.S. – Acabei cometendo a besteira de comprar, em outra loja, outro banco de um único tampo, de pés de aço inoxidável, que agüenta 400 kilos, mas que não tem chavinha, o que é uma pena. O valor foi de míseros R$ 60,80, e não me deram desconto algum os sovinas.

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