Músicas, Seriedades, Burridades e Coisas Ogonorantes.

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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Duas de meus netos.

Seria leviano de minha parte dizer que são meus netos consangüíneos, mas são meus netos de afeto, de respeito de vivência, de felicidade. Felipe e David são caras maravilhosos na minha vida, filhos da Alessandra e do David, ela minha enteada por 10 anos. E há 2 passagens deles inesquecíveis. Começa pelo mais velho, o Felipe.
A primeira - Morávamos naquela passagem que atravessa a Brás de Aguiar e Gentil Bittencourt, a Mac Dowell, e eu andava sem trabalho e numa pindaíba da grossa. Numa tarde, tipo segunda, eu estava em casa dormindo e eis que me surge o Felipe em casa, ele tinha uns 5 a 6 anos. Deu-me uns 3 cutucões: Vô acorda eu tô com fome! Vô to com fome!
Abri pelo menos um lado do olho sem que ele percebesse e voltei a fechar. Depois do décimo safanão o moleque desistiu e rumou na direção da cozinha.
Eu já sabia que ele não encontraria nada, e decidi levantar da cama sem que ele notasse e fui pé ante pé atrás dele, que entoava a seguinte musiquinha.
- Estou com fominha, to com fominha...
Quando meu neto chegou em frente da geladeira, me escondi atrás de uma coluna e pensei cá comigo, putz, vai ter uma decepção só.
Qual nada, meu neto abriu a porta de geladeira e se deparou com um geladeira transparente, cheia de garrafas de água, mas não se fez rogado, e continuou sua melodia: - Estou com fominha...de aguinha.
Genial!!!
A segunda – Meu neto menor o David era gordinho tipo o avô e adorava de tudo, um açaí então nem se fala. Próximo ao Natal ele se vira pra mim e diz: - Vô fiz uma carta para o Papai Noel, e acho que ele nem vai ler, pois já fazem 2 anos que peço isso e ele não me atende.
Embora não sendo o Papai Noel resolvi violar a carta e lá estava o pedido do David: um vidro grande de azeitona. Tive um acesso de riso, e comprei o dito vidro, desses porrudos e dei para o David antes do Natal. Nunca na minha vida presenciei nada igual, um menino gordinho com um vidro de azeitonas preso no suvaco comendo até se refastelar. Qualquer que seja o Natal julgo que ninguém mais na face da terra te pedirá um vidro de azeitona e ficará satisfeito com um copo de água, mesmo com fome.

P.S. Passado todo esse tempo fico feliz de ver esses meninos vez por outra me procurarem e ainda me chamarem de avô. Sinal que fui alguém legal pra eles. Beijos, amo vocês.

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